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está fazendo tão bonita figura!... – disse ainda o conselheiro, com um fundo suspiro. Riram-se todos, que bem conheciam os dotes fraquíssimos do Marcondes.

Pedrosa continuou, com um sorrizinho magnânimo:

– Ele é bem intencionado, e trabalha! Há dias em que nem tenho tempo de beijar minha filha... O homem público é um galé, principalmente neste nosso país, em que os mais puros devotamentos são sempre interpretados às avessas!

– Muito bem! Apoiado! – exclamou o conselheiro, levantando-se.

– Eu sei que você é um homem corajoso, desde aquela célebre caçada que fizemos juntos em Teresópolis... lembra-se? – perguntou, sorrindo, o dr. Sebrão ao Pedrosa.

– E com bastantes saudades!

– Quem tem idade e competência para arcar com o peso de uma pasta é ali o amigo Argemiro... – disse o conselheiro Isaías.

Argemiro protestou; era um homem sem maleabilidade; não podia servir bem à política. Ao mesmo tempo o dr. Sebrão, voltado para Adolfo Caldas, começou a descrever a caçada feita com o Pedrosa e outro amigo nas florestas da serra.

– Tinham-nos falado em javalis. Uma madrugada partimos da Várzea, montados nuns