a e, recebendo a menina, despediu-se dela.
Glória abraçou a moça com frenesi e partiu, em companhia do padre, para o escritório do pai.
No bonde, recomeçou a conversa:
– Então hoje gostaste do passeio...
– Muito! Quando chegamos eu estava aborrecida; mas logo que passei pela primeira sala fiquei interessada. D. Alice ia me mostrando todas as coisas com tanta paciência... tudo muito limpo e as cegas tão risonhas! Havia lá uma menina chamada Rosinha, da minha idade... e mais adiantada do que eu!
– Porque é estudiosa.
– Mas eu vejo!
– É que não basta ver...
– D. Alice levou uns biscoitos para as crianças... se o senhor visse a algazarra que elas fizeram! São conhecidas de d. Alice... Uma tocou piano e um mocinho, violino... Fiquei admirada... nunca imaginei que os cegos pudessem ser felizes.
– São, ali, porque não têm tempo de pensar na sua desgraça, tão ocupadas têm todas as horas. Assististe às aulas?
– Assisti... leram... deram geografia...
– Foste às oficinas?
– Fui. Vi empalhar cadeiras, fazer escovas...