com a sua idade. Ela não entendia bem daquilo, mas pressentia um perigo sem forças para o combater...
– Ele mente-me...
Era a sua amargura. O filho tornara-se de uma sensibilidade doentia; fugia da sociedade, evitava a própria mãe, que se encolhia chorosa, para o não aborrecer.
Aos vinte e três anos viu-o morto com uma febre. E aos vinte e cinco – padre!
Não o quis contrariar, não se podia opor. Ele lá teria uma razão diferente daquela que alegava e que ela espiara em vão!
Não fora chamado por Deus ao sacerdócio, fora levado por uma causa estranha, mas inabalável.
Sonhar! de que vale o sonho que não frutifica, flor que se esfolha e de que nem o aroma sequer permanece com suave consolação!
Ela sacrificara-se para tornar aquele filho um vencedor, um homem! e ei-lo místico, retraído, isolado do mundo para que o destinara!
Ela pedira-lhe uma nora, ele trouxera-lhe uma batina, e à sua indagação angustiosa:
– Meu filho, que tens?!
Respondia ainda:
– Nada. Eu estou contente... Eu sou feliz!
“Mente-me!” – pensava ela consigo, disfarçando as lágrimas.
O que lhe valia era a amizade do Argemiro.