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Página:A Intrusa.djvu/276

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– Tens razão; mas estou cheio até a raiz dos cabelos. Mal conversei durante a viagem; estava com a língua entorpecida. Este cocheiro é um lorpa... não toca os animais! De que te ris?! estou morto por beijar minha filha! Muito crescida? Tens ido lá todos os dias? Tens estado sempre com todos?...

– Todos os dias, não... mas quando vou estou com todos...

– Minha sogra ainda se demorará cá por baixo?... Isso é o que me interessa mais saber.

– Ignoro... Eu tenho freqüentado menos a tua casa, receando que os barões achassem importuna a minha assiduidade...

– Estás doido! Sabes que te estimam muito! Bem... e... não houve por lá nenhuma questão...

– Tem paciência, escuta.

– Mau!

– Ontem à noite recebi uma carta de teu sogro, pedindo-me para vir esperar-te hoje à Central e prevenir-te de que a d. Alice só espera por ti para deixar a casa.

Argemiro não respondeu logo, e, arregalando os olhos, voltou-se para o amigo, muito desapontado.

– A notícia não é amável e acredita, Argemiro, que a dou com pena. Mas já agora deixa-me dizer-te que mais uma vez andaste impensadamente... Não deverias ter saído de casa