que poderia não ser mortal... porém e pobre!... E morre mais depressa pelo pesar de deixar seus filhos expostos à fome!... Morre de miséria!... Morre de fome!...
— Fome! exclamamos com espanto; fome! pois também morre-se de fome?...
E instintivamente a minha interessante companheira tirou do bolso do seu avental uma moeda de ouro e, dando-a à velha, disse:
— Foi meu padrinho que ma deu hoje de manhã... eu não preciso dela... não tenho fome.
E eu tirei do meu bolso uma nota, não me lembro de que valor, e por minha vez a entreguei, dizendo:
— Foi minha mãe que ma deu e ela me dá um abraço, sempre que faço esmolas aos pobres.
Não é possível descrever o que se passou então naquela miserável choupana. Minha linda mulher e eu tivemos de ser abraçados mil vezes, de ver de joelhos a nossos pés a velha e os meninos... Finalmente nós nos aproximamos dele, que nos apertou com entusiasmo contra o coração.