mos orgulhar como brazileiros; que ella nos sirva de bom
incentivo para trabalharmos mais e mais, com verdadeiro
patriotismo, no sentido de diffundir por todos os meios os
benefícios da instruccão em nossos vastos sertões.
Tratemos agora dos montes existentes no Estado de Pernambuco: Tabocas e Guararapes.
No das Tabocas travou-se entre os pernambucanos insurgidos contra a dominação hoUandeza, em 3 de Agosto de 1645, renhido e memorável combate.
Os hollandezes já com sensíveis perdas, numa atrevida tentativa, investem rápidos pelo monte acima, mas a seu encontro desce vertiginosamente João Fernandes Vieira á frente de suas forças.
«A acção», diz o Visconde de Porto Seguro, «passou a ter logar corpo a corpo, e os hollandezes, que avançavam, viram-se obrigados a voltar costas, empurrados como por uma torrente, similhavel á das lavas jorrando do cone dos vulcões ou ás das grandes geleiras despenhadas dos cimos das cordilheiras nevadas, que, com a própria força de sua massa accelerada, vão levando após si quanto se lhes oppõe. Em tão grande confusão pereceram muitos dos inimigos e só três dos nossos.»
Prolongando-se a lucta até a noite, aproveitaram os hollandezes esta circumstancia para, a coberto, se retirarem, cedendo o campo aos pernambucos victoriosos.
Foi após este combate que ás forças de Fernandes Vieira se reuniram as de Phelippe Gamarão e Henrique Dias, depois de quatro mezes de marcha para esse fim, desde o rio Real.
Os montes Guararapes, ao sul do Recife, como o das Tabocas, relembra, egualmente, a lucta hollandeza em sua