— Oaro-Branco etc, e mereceu de Saint Hilaire as seguintes
palavras: «Si ha uma região que jossa passar sen o resto
do mundo, será certamente a provincia de Minas».
Eífectivamente, esse Estado encerra incalculáveis riquezas, sobretudo em ouro, diamante e aguas mineraes.
Entretanto, do de Matto Grosso, por exemplo, aliás muito pouco explorado, diz-nos o D′′ João Severiano, na obra já muitas vezes citada:
«É sabido o facto de Miguel Subtil, que é o da origem da cidade de Cuyabá: no primeiro dia colheu mais de meia arroba de ouro, e seu camarada quatrocentas oitavas, dessas minas que em um mez produziram quatrocentas arrobas. Ainda hoje sem nenhum trabalho apanha-se palhetas de ouro na rua e quintaes, principalmente após as grandes chuvas. Em 1875, acampado o 8 batalhão de infantaria junto á Prainha, os soldados faziam seus fogões escavando a terra: sobrevindo uma grande chuva lavou os cinzeiros e deixou descobertas já não palhetas, mas pequenas barras fundidas.»
Em relação ao ferro, em grande quantidade neste Estado, accrescenta:
«Esse metal por si constitue uma riqueza inexgottavel, um porvir immenso de grandeza, — e não só á provinda — para o Brazil todo. Prouvera Deus que começasse a ser explorado de nossos dias. Gonvença-se o povo de que mais ditoso é o paiz que guarda em seu seio — ferro e carvão de pedra — do que o que encerra jazidas de diamantes e veios de ouro. Estes attrahem os garimpeiros, os aventureiros, os ambiciosos, que esperam do acaso os lucros da fortuna; aquellas, os industriaes e trabalhadores, que buscam obtel-a a custo do labor, explorando não o acaso, mas a realidade.»
Tão sensata observação representa uma verdade incontestável, que se tem presenciado não só no Brazil, como em outros paizes.
Nossas grandes riquezas mineraes, entretanto, não estão