Não o segue um vapor nessa carreira
Do corsél de Mazeppa enfurecido,
Transportando sem vela a baleeira,
Que ostenta o arpoador na proa erguido.
Yae co′o filho a baleia juntamente, E, sem estorvo achar de si deante, Agora espanca o mar co′a cauda ingente. Agora se ergue, cáe, torna offegante.
Do curso impetuoso o tilho cança; E emquanto a mãe afflicta ao peito o cinge, No flanco embebem-lhe acerada lança, Rompe em jactos o sangue e as ondas tinge.
Foge a desventurada enlouquecida, A bramir, sem parar, vae longe, volta. Quer morrer pelo filho, e expondo a vida, Esbraveja, relucta, a ver se o solta.
Impossível! o golpe repetido Põe-na de novo em fuga. É santo o intento, Mas o vigor se exgotta. Atroz gemido Próximo indica seu final momento.
Faz-se preciso então tel-a segura, Arpôam-na também; já pouco sente O arpão tenaz; a magua que a tortura Por não livrar o filho é mais pungente.
A bordo do baixel reina a alegria., Mas em volta a tristeza se derrama, E o mar se muda, no esplendor do dia, Em negro palco de um terrível drama.
A baleia, o colosso do Oceano, De cuja bocca o sangue em ondas corre. Volve ao filho, inda vivo, um olhar humano, Estrebucha, vacilla, arqueja e morre.