Beijem-lhe a fímbria do manto.
Que ella tem direito a isto;
É uma enviada de Ghristo,
Uma operaria dos céos!
Mas, deixemol-a um instante De tanta pompa cercada, E fitemol-a, só, sem nada, Nos campos do Paraguay! Vêde-a no seio acolhendo — Feliz e santa guarida — Aqui — uma águia ferida, Mais longe — um filho sem pae!
Vem da guerra, mas seus loiros Não são de sangue manchados! Seus filhos eram soldados, De soldados mãe se fez. E lá no alcaçar da morte, Fazendo o bem sem escolha, Tirou da Biblia uma folha E fez delia o seu arnez.
Sua mão em que hoje um anjo Do céo vindo, imprime um beijo, Inda salpicada eu vejo Dos prantos de quem valeu. Disséreis, oh! sim, disséreis Em manhã meiga e formosa, Singela folha de rosa Cheia de aljôfres do céo!
Pende-lhe a historia dos feitos Em lauréis da fronte magra... Oh! gloria assim Deus consagra, Não perece gloria tal! Dê-se-lhê uma estatua agora. Onde o porvir idolatre-a; E que o coração da pátria Seja delia o pedestal.