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Página:A Patria Brazileira.djvu/30

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Recusado o offerecimento, ás 8 horas da manhã de 15, ouvese o toque de fogo e assalto. A lucta trava-se temerosa de parte á parte, entrando pela noite, e prolonga-se em constantes investidas e tiroteios, ganhando os acreanos terreno, palmo a palmo, até ao dia 22.

No dia seguinte, certos da derrota inevitavel, arvoram os bolivianos uma bandeira branca em suas trincheiras.

Interrompe-se o ataque, e é recebido o emissario que D. Lino Romero envia a Placido de Castro, solicitando um armisticio.

Desconfiando este talvez das intenções do chefe boliviano, não consente, allegando que aquelle recusára em começo o nobre offerecimento, que lhe fizéra, do hospital de sangue para recolher os feridos. Retira-se o parlamentario e o fogo continua intenso, já tendo os acreanos suas trincheiras distantes apenas dez metros das bolivianas.

Na manhã de 24, porém, reconhecida a improficuidade da resistencia, ergue-se de novo a bandeira branca: os acreanos cessam immediatamente o fogo e Placido de Castro recebe a visita do proprio D. Lino Romero, que declara a impossibilidade de continuar a lucta, propondo a capitulação.

Discutida esta e firmada a respectiva acta, Placido de Castro convidado a receber as armas dos vencidos responde com uma prova eloquente da proverbial cordura do povo brazileiro: Não fazemos a guerra senão para conquistar o que é nosso, e aos vencidos abrimos os braços de amigos. Não inflingiremos uma humilhação a nossos inimigos, depois de derrotados. Não receberemos de suas mãos as armas com que nos hostilisaram, arrancando a vida a tantos companheiros nossos, cuja perda hoje tanto choramos. Depositem as armas nas arrecadações, que lá iremos tomar conta dellas.

No mesmo dia, com todas as garantias, embarcaram as forças bolivianas para Manáos, com destino á Bolivia, por Belém e Rio de Janeiro.