O Snr. Gresham annuncioii que o Presidente Cleveland
pronunciara seu laudo, perguntando, em seguida, aos
Enviados das duas Nações se desejavam ouvir a leitura do
mesmo.
O Ministro brazileiro declarou que era dispensável, accrescentando o argentino bastar que fosse dito a favor de quem fora o pleito resolvido.
O Snr. Uhl, então, por ordem do Snr. Gresham, declarou solemnemente: «Senhores membros das Commissões A7yentina e Brazileira, — O Presidente dos Estados Unidos da America do Norte, tomando conhecimento do litigio entre vossas Nações, decidiu no sentido da pretenção do Brazil.»
O Ministro argentino, adeantando-se, oífereceu a mão ao brazileiro e pronunciou as seguintes palavras: «Mil felicitações, Snr, Ministro Barão do Rio Branco.»
Este, agradecendo a gentileza, disse que considerava a solução do melhor auspicio para a manutenção da paz e boa amizade entre as duas Nações.
Falemos agora do antigo Contestado do Amajm.
Para isso, reproduziremos aqui, nos trechos mais expressivos, a minuciosa noticia enviada da Suissa, no momento em que se decidia a questão (*):
«Berna. — 1.° de Dezembro. — 10 horas da manhã. — A esta hora o Barão do Rio Branco acha-se no salão da casa onde tem sede a Missão Especial do Brazil. S. Ex. está cercado do ex-Ministro das Relações Exteriores, D Carlos Augusto de Carvalho; Encarregado de Negócios do Brazil na Suissa, D′.J. M. Cardoso de Oliveira; Secretario da
(*j Jornal du Cumuwrcio, do Rio de Janeiro, telegrammas transmittidos pelo respectivo correspondente. — Edição de 2 de Dezembro de 1900.