no Rio de Janeiro, estando já Portugal libertado da dominaçcão
franceza, em 1810, a despeito da promessa formal, que
fizera, de regressar á Europa logo que a paz fosse estabelecida;
o decreto de 16 de Dezembro de 1815, elevando o Brazil á
categoria de Reino unido a Portugal e Algarves; e ainda a
declaração de levantar a voz do seio do noco Império que ia
fundar, no manifesto de guerra dirigido aos francezes.
Os ciúmes, porém, já existentes em Portugal pela permanência do Rei no Brazil, produziram alli a revolução de 1820, com intuitos de adoptar-se uma Constituição.
Esse acontecimento echoou de diversos modos no Brazil, com exaltações partidárias em alguns pontos, exigindo em 26 de Fevereiro de 1821 a tropa portugueza, reunida no largo do Rocio, que fosse jurada no Kio de Janeiro a Constituição que as Cortes lusitanas votassem.
D. João, temendo naturalmente mais serias complicações, accedeu.
As Cortes de Lisboa lançaram então um manifesto, que provocou o enthusiasmo dos portuguezes, anciosos pelo regresso do Rei, vendo-se este forçado a assignar o decreto de 7 de Março, onde fez a declaração solemne de voltar a Portugal, deixando seu filho D. Pedro encarregado da regência do Reino do Brazil,
Estava determinada por esse tempo a eleição para Deputados brazileiros ás Cortes portugueza s, devendo o processo ser regulado, em falta de disposições especiaes, pela Constituição liespanhola. Crescia, entretanto, a agitação entre os adeptos de diíferentes causas, e reunidos os eleitores na Praça do Commercio, depois de realizada a eleição parochial, ouviram a leitura do decreto que investia D. Pedro na regência do Reino.
Tornou-se a reunião tumultuaria, mandando-se intimar D. João VI a adoptar desde logo a Constituição liespanhola.
O Rei accedeu mais uma vez á nova imposição.