Página:A Relíquia.djvu/434

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de arroz. E, depois de ter ruminado mudamente a sua emoção, confessou que lhe interessavam muito todos esses lugares santos porque tinha religião, graças a Deus! E tinha um emprego, graças tambem a Deus, na Camara Patriarchal...

— Ah, na Camara Patriarchal! acudi eu. Sim, muito respeitavel... Eu conheci muito um Patriarcha... Conheci muito o snr. Patriarcha de Jerusalem. Cavalheiro muito santo, muito catita... Até nos ficamos tratando de tu!

O snr. Lino offereceu-me da sua agua de Vidago — e conversámos das terras da Escriptura.

— Que tal Jerusalem, como lojas?...

— Como lojas?... Lojas de modas?

— Não, não! atalhou o snr. Lino. Quero dizer lojas de santidade, de reliquiarias, de coisinhas divinas...

— Sim... Menos mau. Ha o Damiani na Via Dolorosa que tem tudo, até ossos de Martyres... Mas o melhor é cada um esquadrinhar, escavar... Eu n’essas coisas trouxe maravilhas!

Uma chamma de singular cubiça avivou as pupillas amarelladas do snr. Lino, da Camara Patriarchal. E de repente, com uma decisão d’inspirado: