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Página:A escrava Isaura (1875).djvu/129

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a aquelles com toda a amabilidade e cortezia. Depois offerecendo um braço a Elvira e outro ao senhor Anselmo, os vae conduzindo para as salas interiores, por onde já turbilhona a mais numerosa e brilhante sociedade. Os tres interlocutores de Alvaro, bem como muitas outras pessoas, que por ali se achavão, puserão-se em ala para verem passar Elvira, cuja presença causava sensação e murmurinho, mesmo entre os que não estavão prevenidos.

— Com effeito!... é de uma belleza deslumbrante!

— Que porte de rainha!...

— Que olhos de andaluza!...

— Que magnificos cabellos!

— E o collo!... que collo!... não reparaste?...

— E como se traja com tão elegante simplicidade! — assim murmuravão entre si os tres cavalheiros como impressionados por uma apparição celeste.

— E não reparaste, — accrescentou o Dr. Geraldo, — naquelle feiticeiro sinalsinho, que tem na face direita?... Alvaro tem razão; a sua fada vae eclipsar todas as bellezas do salão. E tem de mais a mais a vantagem da novidade, e esse prestigio do mysterio, que a envolve. Estou ardendo de impaciencia por lhe ser apresentado; desejo admiral-a mais de espaço.

Neste tom continuárão a conversar, até que