Saltar para o conteúdo

Página:A escrava Isaura (1875).djvu/146

Wikisource, a biblioteca livre

sal. Mal terminára o canto, o salão restrugio entre os mais estrondosos applausos, e parecia que vinha desabando ao ruido atordoardor das palmas e dos vivas!

— A fada de Alvaro é tambem uma sereia; — dizia o Dr. Geraldo a um dos cavalheiros, em cuja companhia já o vimos. — Resume tudo em si!.. que timbre de voz tão puro e tão suave! julguei-me arrebatado ao septimo céo, ouvindo as harmonias dos chóros angelicos.

— E’ uma consummada artista... no theatro faria esquecer a Malibran, e conquistaria reputação européa. Alvaro tem razão; uma creatura assim não pode ser uma mulher ordinaria, e muito menos uma aventureira... A musica dando o signal para a quadrilha, interrompe a conversação ou não nol-a deixa ouvir.

— D. Elvira, — diz Alvaro dirigindo-se á sua protegida, que já se achava sentada ao pé de seo pae, — lembre-se, que me fez a honra de conceder-me esta quadrilha.

Elvira esforçou-se por sorrir e combater o terrivel abatimento, que ao deixar o piano de novo se apoderára de seo espirito.

Tomou o braço de Alvaro, e ambos forão occupar o seo lugar na quadrilha.