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que se lhes atravessou pela frente, fazendo uma profunda reverencia. Alvaro indignado carregou o sobrôlho, e esteve a ponto de enchotar o importuno, como quem enchota um cão. Elvira estacou como que petrificada de pavor.
— Senhor Alvaro, disse-lhe respeitosamente o Martinho, — com a permissão de Vª. Sª., preciso dizer duas palavras a esta senhora, a quem Vª. Sª. dá o braço.
— A esta senhora! — exclamou maravilhado o cavalheiro. — Que tem o senhor que ver com esta senhora?
— Negocio de summa importancia; ella bem o sabe, melhor do que eu e o senhor.
Alvaro, que bem conhecia o Martinho, e sabia quanto era abjecto e desprezivel, julgando ser aquillo manobra de algum rival invejoso, e covarde, que se servia daquelle miseravel para ultrajal-o ou expôl-o ao ridiculo, teve um assomo de indignação, mas contendo-se por um momento:
— Tem a senhora algum negocio com este homem? — perguntou a Elvira.
— Eu?!.. nenhum, por certo; nem mesmo o conheço,— balbuciou a moça, palida e a tremer.
— Mas, meo Deus! D. Elvira, por que treme assim? como está palida!... maldito importuno, que assim a faz soffrer!... oh! pelo céo, D. El-