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Página:A escrava Isaura (1875).djvu/219

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Capitulo XVII.
 

Achando-se só, Alvaro sentou-se junto a uma mesa, e apoiando nella os cotovelos com a fronte entre as mãos, ficou a cismar profundamente.

Isaura porém, presentindo pelo silencio que reinava na sala, que já ali não havião pessoas estranhas, foi ter com elle.

— Senhor Alvaro, — disse ella chegando-se de manso e timidamente; — desculpe-me... eu venho de certo lhe aborrecer... queria talvez estar só...

— Não, minha Isaura; tu nunca me aborreces; pelo contrario és sempre bem vinda junto de mim...

— Mas vejo-o tão triste!... parece-me que aqui entrou mais gente, e alteravão-se vozes. Derão-lhe algum desgosto, meo senhor?...

— Nada houve de extraordinario, Isaura; forão algumas pessoas, que viérão procurar o doutor Geraldo.