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Página:A escrava Isaura (1875).djvu/220

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— Mas então por que está assim triste e abatido?

— Não estou triste nem abatido. Estava meditando nos meios de arrancar-te do abysmo da escravidão, meo anjo, e elevar-te á posição para que o céo te creou.

— Ah! senhor, não se mortifique assim por amor de uma infeliz, que não merece taes extremos. E’ inutil luctar contra o destino irremediavel, que me persegue.

— Não falles assim, Isaura. Tens em bem pouca conta a minha protecção e o meo amor!...

— Não sou digna de ouvir de sua boca essa doce palavra. Empregue seo amor em outra mulher que delle seja merecedora, e esqueça-se da pobre captiva, que tornou-se indigna até de sua compaixão occultando-lhe a sua condição, e fazendo-o passar pelo vergonhoso desar de...

— Cala-te, Isaura... até quando pretendes lembrar-te desse maldito incidente?... eu sómente fui o culpado forçando-te a ir a esse baile, e tinhas razão de sobra para não revelar-me a tua desgraça. Esquece-te disso; eu te peço pelo nosso amor, Isaura.

— Não posso esquecer-me, porque os remorsos me avivão sempre n’alma a lembrança dessa fraqueza. A desgraça é má conselheira, e nos perturba e anuvia o espirito. Eu o amava, assim como o amo ainda, e cada vez mais... perdoe-me