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Página:A escrava Isaura (1875).djvu/225

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bondade de dizer o que pretende deste seo criado.

— Desculpe-me, — respondeo-lhe o cavalheiro, passeando um olhar escrutador em roda da sala; — não é a Vª. Sª. que eu desejava fallar, mas sim ao morador desta casa ou a sua filha.

Alvaro estremeceo. Estava claro que aquelle mancebo, se bem que nenhuma apparencia tivesse de um esbirro, andava á pista de Isaura. Todavia no intuito de verificar, se era fundada a sua apprehensão, antes de chamar os donos da casa, quiz sondar as intenções do visitante.

— Não obstante, — respondeo elle, — como estou autorisado pelos donos da casa a tratar de todos os seos negocios, pode Vª. Sª. dirigir-se a mim, e dizer o que delles pretende.

— Sim, senhor; não ponho a menor duvida, pois o que pretendo não é nenhum mysterio. Constando-me com certeza, que aqui se acha acoutada uma escrava fugida por nome Isaura, venho apprehendel-a.....

— Nesse caso deve entender-se commigo, que sou o depositario dessa escrava.

— Ah!.. pelo que vejo, Vª. Sª. é o senhor Alvaro!..

— Um criado de Vª. Sª.

— Bem; muito estimo encontral-o por aqui; pois saiba tambem que eu sou Leoncio, o legitimo senhor dessa escrava.

Leoncio!.. o senhor de Isaura!.. Alvaro ficou