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elle atracando-se ás pernas da pobre escrava, que fraca como estava, quasi foi a terra com a força daquella furiosa e enthusiastica atracação. Era para fazer rebentar de riso, a quem não soubesse quanto havia de tragico e doloroso no fundo daquella impia e ignobil farça.
— Isaura!.. não olhas para mim? aqui tens a teos péis este teo menor captivo Belchior!.. olha para elle, para este teo adorador, que hoje é mais do que um principe... dá cá essa mãosinha, deixa-me comel-a de beijos...
— Meo Deos! que farça hedionda obrigão-me a representar! — murmurou Isaura comsigo, e voltando a face abandonou a mão a Belchior, que collando a ella a boca no transporte do enthusiasmo, desatou a chorar como uma creança.
— Olha que palerma! — disse André para Rosa, que observavão de parte aquella scena tragi-comica. — E venhão cá dizer-me, que não é o mel para a boca do asno!
— Eu antes queria que me casassem com um jacaré.
— Este meo sinhô moço tem idéas do diabo! quem havia de lembrar-se de casar uma sereia com um bôto.
— Invejoso!.. você é que queria ser o bôto, por isso está ahi a torcer o nariz. Toma!.. bem feito!... agora o que faltava era que o nhonhô te désse de dote á Isaura.