que nos queremos bater em duello...
— Não; mas vieste espumando de raiva, com os olhos em fogo, e com um ar...
— Qual!... pois não me conheces?... sempre fui assim; por — dá cá aquella palha — pego fogo, mas tambem é fogo de palha.
— Mas pregaste-me um susto!...
— Coitada!... toma isto, — disse-lhe Henrique, offerecendo-lhe uma chicara de café, — é a melhor cousa que ha para aplacar sustos e ataques de nervos.
Malvina procurou acalmar-se, mas as palavras do irmão tinham-lhe penetrado no amago do coração, como a dentada de uma vibora, ahi deixando o veneno da desconfiança.
O aparecimento de Leoncio, que vinha do salão; pôz termo a este incidente. Os tres tomárão café á pressa e sem trocarem palavras; estavão já resabiados uns com outros, olhavão-se com desconfiança, e de um momento para outro a discordia insinuára-se no seio daquella pequena familia, ainda ha pouco tão feliz, unanime e tranquilla. Tomado o café retirárão-se, mas todos por um impulso instinctivo, dirigírão seos passos para o salão, Henrique e Malvina de braços dados pelo grande corredor da entrada, e Leoncio sósinho por compartimentos interiores, que comunicavão com o salão. Era ali com effeito, que se achava o pomo fatal, mas innocente, que devia servir de