— Não é nada... há de ser a maninha batendo na Sancha...
— Meu Deus!
— Não é nada, dorme minha filha!
— Oh!...tia Joana, vá lá dentro...peça a titia pra não dar na coitada!
— Eu?! não... a negrinha merece... maninha não gosta de intervenções... Sancha faz espalhafato à-toa.
— Vou eu.
Ruth, em fraldas de camisa, de pernas nuas, saltou para o chão, com um movimento de cólera; e saiu para a sala de jantar; já não havia luz; guiada por uma claridade frouxa, do fim do corredor, correu para a cozinha, onde a D. Itelvina surrava a pequena com uma vara de marmeleiro.
A negrinha mal se livrava com os braços tapando o rosto e abaixando a cabeça. Ruth saltou para o meio do grupo e segurou a vara que ia descaindo sobre a carapinha da outra.
— Isso não se faz, tia Itelvina! isso não se faz! gritou ela com ímpeto, crescendo para a tia, que estacara boquiaberta.
— Você não tem nada com o que eu faço. Este diabo botou de propósito gordura na água do meu banho... eu sei porque dou. Ela merece. Ruth, vá dormir.