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Página:A fallencia.djvu/426

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— Injusta é ela, que me quer separar de todos os filhos e te ensina a faltar-me ao respeito. Acham que tenho sofrido pouco?!

— Acalme-se e reconhecerá que temos razão. Paquita é um anjo.

— Um diabo do inferno!

— A senhora está me ofendendo.

— E ninguém me ofendeu? Diga! ninguém me ofendeu?!

— Sossegue: tudo se há de arranjar; bem sabe que eu não tenho nada; a fortuna é de minha mulher, mas nós lhe daremos uma mesada, visto que...

— Recuso; não quero nada dessas mãos. O meu filho morreu no dia em que se casou. Se o envergonho, é melhor fingir que não me conhece. Vá-se embora.

— Mamãe...

— Vá-se embora! Eu não preciso de nada. Suas irmãs saíram para dar uma esmola. Temos sobras em casa. Que castigo, meu Deus!

— Não tive a intenção de a ofender. Se eu não tivesse encontrado aqui aquele maldito homem, as coisas teriam caminhado de outra maneira. Compete agora a mim o dever de zelar pela sua honra. A senhora é viúva, o Dr. Gervásio é solteiro, amam-se, casem-se. E lógico.