irmão à sua feroz vingança, se é que ele não soçobrou nesses malditos penedos.
Desde o romper do dia pouco a pouco foram chegando outros pescadores igualmente ansiosos por saberem o resultado da audaciosa tentativa de Rodrigo.
— Ainda não voltou?! — dizia um. — Bem o dizia eu; ou a sereia o agarrou em seus laços, e lá tem de ficar para todo o sempre, ou despedaçou o barco nos rochedos da ilha, e não tardaremos a ver seu cadáver arrojado à praia.
— Não é isso — replicava outro —, é que talvez até agora estará vogando atrás da ilha, e ainda não pôde alcançá-la. Se duvidam, olhem, que é da ilha…! Não o vejo em parte alguma.
— É o sol, que te empana a vista. Olha acolá — respondeu outro apontando ao longe no horizonte.
— Ali…? Mas aquilo parece mais ser uma névoa.
— E se não é nevoa, então a ilha mudou de lugar.
— Pois quem duvida? Essa ilha é o castelo encantado da rainha das sereias que anda a boiar por cima das ondas, e passeia por todos os mares do mundo. Já tem sido vista até nas Canárias, e chamam-lhe por lá a ilha de São Brandão, mas,