Assim pois sobre o execrando altar da vingança, acabava-se de consumar o mais atroz perjúrio!
Atroz, disse eu; atroz por quê…?! Foi um epíteto que me caiu insensivelmente do bico da pena pelo costume em que estamos de sempre injuriar o perjúrio, o assassino, a vingança e outras quejandas coisas.
Ao contrário, foi esse um nobre e piedoso perjúrio digno do aplauso de todos os corações sensíveis. A quebra do feroz e sanguinário juramento que Regina proferira sobre o cadáver do esposo é digna da indulgência e até da aprovação dos mais austeros moralistas.
Prouvera ao céu que esse perjúrio, ou antes esse arrependimento um pouco tardio que suspendia uma série de atrocidades já começadas, tivesse vindo há mais tempo, e tivesse sido completo.