na ilha, e poderia voltar no outro dia. Saltou no barco e partiu.
Entretanto, Regina, irresoluta e desatinada, se embrenhara como louca na solidão de sua ilha. Ora parecia surgir-lhe diante dos olhos o espectro ensanguentado de seu marido lembrando-lhe o atroz juramento e cobrindo-a de maldições, ora cuidava ouvir a voz queixosa do amante, que tão duramente expedira do seu seio, chamando por ela em lastimosos gritos. Corria ora em uma, ora em outra direção, olhava inquieta para todos os lados, escutava todos os ecos.
— Que fiz eu, desgraçada…?! — exclamava, levando às nítidas madeixas mãos frenéticas e convulsas.
— Que fiz eu…?! Por que lhe gritei que não voltasse…?! Ele ouviu-me de certo, e não voltará, e eu aqui ficarei misérrima e desamparada por todos…! E aqui morrerei, assassina e perjura, amaldiçoada por ele e por todos! Jurei vingar meu marido, e o punhal vibrado por esta mão traspassou o coração de dois de seus assassinos; ficou consumada a obra da vingança e do crime…! O mesmo punhal que eu devia embeber no coração do derradeiro, o amor arrancou-me das mãos desfalecidas…! Está consumada a obra do perjúrio…! E assim fica incompleta a vingança e sem fruto o perjúrio, porque, desgraçada e pusilânime que eu sou, não sei vingar, nem