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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/253

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e, pousando sobre a mão a fronte abraseada, ali esperou que se escoassem as longas horas daquela noite fatal, e despontasse a aurora que devia trazer-lhe ou o primeiro dia de felicidade ou o derradeiro de sua desditosa vida.

Quando rompeu a primeira alva do dia, levantou-se, banhou em uma fonte próxima as faces e os olhos ardentes de lágrimas e insônia, compôs as vestes e as tranças desalinhadas e dirigiu-se para os topes dos rochedos que dominam o mar, e que olham para o continente, e ali postou-se com os olhos fitos nas costas fronteiras a espreitar todos os barcos que partiam da praia, a ver se algum tomava o rumo da ilha.

— Ah…! Se não me ouviu! — murmurava ela imersa em dolorosa cisma. — Se nunca mais voltar…! Enterrarei no meu seio este punhal que não soube cravar-lhe no coração. Perjura e assassina, ente execrável e hediondo, que ficarei eu fazendo no mundo não tendo por companhia senão minhas angústias e meus eternos remorsos…?! Fraca e desassisada que eu fui! Não tive coragem nem para matá-lo, nem para conservá-lo junto a mim pelos laços do amor…! Mas não é possível que não me ouvisse; ouviu-me e há de voltar. Um momentâneo despeito o fez partir, mas estou certa que o amor o há de trazer de novo a meus pés terno, submisso e devotado amante para