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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/259

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Mudava-se, no entanto, a face dos mares. Um pampeiro furioso desencadeava-se por toda a extensão das costas do sul, e o oceano começava a revolver-se, empolando-se em medonhos vagalhões. O monstro, que naqueles derradeiros dias apenas arfava brandamente resfolegando em plácido e tranquilo sono, agora acordava estorcendo-se em convulsões horrendas desde as profundidades do abismo querendo arrojar-se ao céu em frenéticos impulsos.

Regina, chegando à praia, reconheceu, transida de susto pelo jogo extraordinário das ondas dentro do pequeno golfo, o tremendo temporal que rebentava por fora.

— Que tormento, meu Deus…! Vai tudo perder-se! — exclamou no auge da angústia e da inquietação.