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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/270

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balanceado pela viração entornava sobre ele uma nuvem de flores.

Levado pelo ardor da caça, e por uma audácia e agilidade incrível, o imprudente moço grimpara os alcantis medonhos, chegara aos jardins da fada, e ali adormecera oprimido de fadiga. O suor do cansaço lhe escorria pela fronte, que pousava sobre o braço recurvado; o cocar, arco e flechas jaziam-lhe ao lado sobre a relva; o sangue juvenil e vigoroso lhe transparecia por sob a tez de jambo um pouco bronzeada pelo sol nos fragueiros exercícios da caça e da guerra. Era uma linda e encantadora figura em seu aspecto selvático.

A esta visão, a fada estremeceu e sentiu desusado abalo em seu coração. Julgou que era um manitó celeste, que Tupã lhe enviava para servir de companhia em sua solidão. Deu-lhe na fronte um beijo fervente de amor, despertou-o, e o conduziu para os íntimos recessos de seus palácios cristalinos. Ali mostrou-lhe as deslumbrantes riquezas, que Tupã lhe prodigalizara; as abobadas de cristal sustentadas por colunas de pórfido e ágata, enleadas de arabescos de ouro de mirífico lavor, a safira, a esmeralda, o topázio, a ametista, encrustados no pavimento em maravilhosos mosáicos, os vasos rutilantes de ouro e pedraria cheios das mimosas e fragrantes flores, que o sol