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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/29

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e, deixando-se ficar um pouco atrás sem serem persentidos, esconderam-se entre os rochedos, que ficavam próximos à casa de Regina.

Já a noite ia avançada quando os dois felizes esposos, despedindo-se agradecidos da boa companhia, abriram a porta da cabana e entraram sozinhos no estreito aposento, onde o mais afortunado dos esposos ia com mão trêmula de ventura e de emoção desatar a grinalda virginal da fronte pudibunda da mais sedutora e peregrina beleza, que o sol alumiava. Ficaram, pois, na mais completa solidão, solidão para eles bem propícia e agradável, pois tinham naquela estreita alcova e em si mesmos um mundo infinito de amor e de delícias. Como nada tinham a recear, deixaram aberta uma pequena janela, que dava para o mar, e por onde entrava a luz de um esplêndido luar, única lâmpada, que alumiava sua câmara nupcial. Câmara não digo bem; essa palavra traz à ideia luxo e fidalguia, etiqueta e frieza. Ei-las em seu berço de amor as duas aves do mar, que, por algum tempo tendo esvoaçado a esmo sobre as ondas, encontraram-se por fim em seu adejo sem rumo, e voando de par a par vieram pousar entre os rochedos da praia para aqui tecerem seu ninho de primavera.

Deixemo-los aqui, meu filho, entregues às delicias