poderiam dar falta dela, a tempo que aqueles insignes galgos pudessem ir-lhe no encalço e apanhá-lo. Um meio somente lhe ocorria de libertar-se com segurança e sem fazer grande mal à sua libertadora; para levá-lo a efeito só esperava um ensejo favorável. Este enfim se apresentou.
A noite já ia bastantemente avançada; os tatus brancos fatigados de suas correrias por campos e brenhas, avizinhavam-se pouco e pouco para seus covis. A índia e Gaspar algum tanto afastados dos outros, marchavam pela orla, de um capão ao longo de um delicioso vargado. Súbito um lindo e veloz animalzinho saltou diante deles, e desapareceu pelo mato. A índia salta após ele pela brenha a dentro; Gaspar a acompanha. Veloz como o gamo ela corre através das balsas emaranhadas; Gaspar a custo a pode seguir de longe; mas ela o chama e espera. Tendo faro de cão como todos de sua raça vai descobrir de novo o bichinho na moita, a que se acolhera. Ei-lo que salta outra vez, e a índia que de novo o persegue pressurosa através das brenhas. Assim se foram pouco e pouco alongando e se entranhando pelo bosque, e a pobre e descuidosa filha da noite nem se lembrava quão longe andava já dos seus. Voltaram sobre seus passos até chegarem ao campo, donde tinham partido. A índia trazia nas mãos o