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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/320

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e de um louro quase branco; o rosto era irregular, mas não inteiramente destituído de graça; porém as unhas curvas e compridas, e os dentes aguçados, que se viam por entre os lábios entre abertos, davam-lhe um ar feroz e repulsivo. Gaspar depois de ter lançado um último olhar de comiseração sobre aquela infeliz selvagem, pôs-se a fugir a bom andar para longe daqueles sítios fatais.

Mal tinha dado uma centena de passos, Gaspar ouviu gritos atrás de si; assustado voltou o rosto. A mísera talvez pelo contato da relva fria na cabeça, tinha acordado, e em pé voltando-se para todos os lados com os braços estendidos dava gritos lastimosos, e estorcia-se um uma indizível aflição. Dava alguns passos vacilantes com as mãos estendidas como quem apalpa nas trevas, e logo caía e se estrebuchava no chão arrancando os cabelos em desespero. Gaspar teve pena dela, e quem deixaria de tê-la! Um sentimento de dó e também de gratidão por aquela infeliz criatura, que fora o instrumento de sua salvação, deteve por alguns momentos as plantas do paulista naquele solo fatal; teve dó da mísera e de todas de sua raça, fadada a tão abjeta e monstruosa condição.

Salvo das garras dos tatus brancos e daquele ignóbil e misérrimo cativeiro, que tinha Gaspar diante de si?… O