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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/58

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em volta do lume fatal que tem de devorá-las.

Houve todavia um que, mais pertinaz e audacioso que todos os outros, porfiou longo tempo envidando os últimos esforços para ganhar aquele coração tão livre e indomável como o oceano, tão inacessível como as rochas da ilha maldita.

— Estás ouvindo, meu filho…? — perguntou o velho pescador ao seu jovem ouvinte, que dava mostras de não estar ouvindo coisa alguma.

Foi debalde chamá-lo; o bom velho teve de sacudi-lo fortemente para despertá-lo.

O rapaz, já aborrecido e fatigado de escutar uma tão longa e fastidiosa história, que até ali nenhum episódio, nenhuma peripécia interessante apresentara, dormia profundamente, e fazia muito bem.

E agora vejo que eu também já me ia esquecendo do tal pescador que contava história e de seu filho que a não escutava, e creio que o mesmo terá acontecido ao leitor. Portanto proponho e julgo melhor que daqui em diante nos esqueçamos inteiramente deles, e dispensemos a sua companhia para não termos o trabalho de estar a todo momento despertando o dorminhoco rapaz.

Ficaremos, pois, a sós eu e o leitor. Quando