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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/99

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e orgulho dessa mulher, seu despeito subiu de pronto, e jurou desfazer o encanto da execrável fada, que só sabia derramarem em torno de si luto e desastres, desespero e morte. Quebrando-lhe de uma vez a isenção e o orgulho, esperava assim reduzi-la a suas verdadeiras proporções de frágil criatura humana, e evitaria para o futuro novas e deploráveis catástrofes.

Não tinha Roberto ainda visto senão de relance e em distância a gentil causadora de tantas desventuras, e tampouco haviam trocado uma palavra, um olhar sequer; do contrário, talvez não se tivesse abalançado a tão louca e temerária empresa. Contando com as vantagens de sua figura, com os recursos de seu espírito, e julgando-se com um coração superior às paixões, o inexperiente mancebo, certo da vitória, arrojou-se denodado ao desempenho de seu extravagante desígnio. Como ela a todos evitava, força lhe foi procurá-la, e foi bastante vê-la uma só vez por momentos para que imediatamente tivesse a amarga convicção de quão insensata e desastrosa era a tentativa em que se empenhara…!

Corria uma serena e formosa manhã de julho com seu bafejo de tépidas e perfumadas aragens; o mar espreguiçava-se soluçando ao longo das praias solitárias, e um diáfano vapor de ouro e