que terminasse essa Torre de D. Ramiresantes do afan da Eleição — para que em Janeiro, ao abrir das Côrtes, surgisse na Politica com o seu velho nome aureolado pela Erudição e pela Arte. Envergou o roupão de flanella. E á banca, com o costumado bule de chá inspirador, repassou lentamente o começo do Capitulo II — que o não contentava.
Era no castello de Santa Ireneia, n’aquelle dia de Agosto em que Lourenço Ramires cahira no valle de Canta-Pedra, mal ferido e captivo do Bastardo de Bayão. Pelo Almocadem dos peões, que, com o braço varado por uma chuçada, voltára em desesperada carreira ao Castello, já Tructezindo Ramires conhecia o desventuroso desfecho da lide. — E n’este lance o tio Duarte, no seu poemeto do Bardo, com um lyrismo molle, mostrava o enorme Rico-Homem gemendo derramadamente atravez da sala-d’armas, na saudade d’esse filho, flôr dos Cavalleiros de Riba-Cavado, derrubado, amarrado n’umas andas, á mercê da gente de Bayão...
Lagrimas irrepresas lhe rebentam,
Arfa o arnez c’o soluçar ardente!...
Ora, levado no harmonioso sulco do tio Duarte, tambem elle, nas linhas primeiras do Capitulo, esboçára o velho abatido sobre um escanho, com lagrimas