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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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avidamente rebuscados no Diccionario de Synonimos, o toar arrastado das buzinas de Bayão — sentiu realmente, do lado da Torre, um gemer de sons graves que crescia atravez dos limoeiros. Deteve a penna — e eis que o Fado dos Ramiress’eleva offertadamente da horta, em serenada, para a varanda florida de madresilva:

Ora, quem te vê solitaria,
Torre de Santa Ireneia...

O Videirinha! — Correu alvoroçadamente á janella. Um chapeu côco tremulou entre os ramos, um brado estrugio, acclamador:

— Viva o deputado por Villa-Clara! Viva o illustre deputado Gonçalo Ramires!

No violão rompera triumphalmente o Hymno da Carta. Videirinha, alçado na biqueira das botas gaspeadas de verniz, gritava — «Viva a illustre casa de Ramires!» E por baixo do chapeu côco, sacudido com delirio, João Gouveia, sem poupar a garganta, urrava — «Viva o illustre deputado por Villa-Clara! Viva!»

Magestosamente, Gonçalo, alagado de riso, estendeu da varanda o braço eloquente:

— Obrigado, meus queridos concidadãos! Obrigado!... A honra que me fazeis, vindo assim, n’esse