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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

— E então, prima Maria, ainda se demora pelos nossos sitios?

— Sim, primo, mais uns quinze dias... A Annica é tão amavel, quiz que eu trouxesse os pequenos. O que elles se têm divertido na quinta, não imagina!

D. Anna murmurou, sempre séria:

— São muito engraçados, fazem muita companhia... Eu tambem gosto muito de creanças.

— Ai, a Annica adora creanças! accudiu D. Maria com fervor. O que ella atura os pequenos! Até joga com elles o mafarrico.

Perto da caleche, Gonçalo pensou que outra volta pelo adro, mais lenta, com a D. Anna e o seu fino aroma, seria doce, n’aquelle socego da tarde que findava, tingida de tão lindas côres de rosa sobre os pinheiraes escurecidos. Mas já o trintanario se acercava segurando a sua egoa. E D. Maria, depois de admirar e acariciar a egoa, chamou o primo discretamente — para saber a distancia da Feitosaa Treixedo, a outra quinta historica dos Ramires.

— A Treixedo, prima?... Cinco legoas fartas, com maus caminhos.

E immediatamente se arrependeu, antevendo um passeio, um novo encontro:

— Mas na estrada ultimamente andaram obras. E é muito bonito sitio, n’um alto, com um resto