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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

na praia. E Villa-Clara não se tolerava n’esse meado ardente de Septembro — com o Titó no Alemtejo onde o levára uma doença do velho Morgado de Cidadelhe, o Manoel Duarte na quinta da mãe dirigindo as vindimas, e a Assembleia deserta e adormecida sob o innumeravel susurro das moscas...

 

 

Para se occupar e atulhar as horas, mais que por dever ou gosto d’Arte, retomou a sua Novella. Mas sem fervor, sem veia agil. Agora era a sanhuda arrancada de Tructesindo e dos seus cavalleiros, correndo sobre o Bastardo de Bayão. Lance difficultoso — reclamando fragor, um rebrilhante colorido Medieval. E elle tão molle e tão apagado!... Felizmente, no seu Poemeto, o Tio Duarte recheára esse violento trecho de bem apinceladas paisagens, d’interessantes rasgos de guerra.

Logo na Ribeira do Coice, Tructesindo encontrava cortada a machado a decrepita ponte, cujos rotos barrotes e taboões carcomidos entulhavam no fundo a corrente escassa. Na sua fuga o Bastardo acautelladamente a desmantelára para deter a cavalgada vingadora. Então a pesada hoste de Santa Ireneia avançou pela esguia ourela, ladeando os renques de choupos em demanda do vau do Espigal... Mas que tardança! Quando as derradeiras