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Página:A illustre Casa de Ramires (1900).djvu/535

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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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— Desde Domingo, primo Antonio. Chegou no Domingo, de Paris, pelo Sud-Express. E teve uma chegada brilhante... Oh! muito brilhante! Hontem recebi eu uma carta da Maria Mendonça, uma grande carta em que conta...

— O que? A prima Maria Mendonça está em Lisboa?

— Sim, desde os fins d’Agosto, n’uma visita a D. Anna Lucena...

Vivamente, João Gouveia puxou a cadeira, n’uma curiosidade que de certo o remoera:

— É verdade, Snr. aD. Graça! — Então parece que a D. Anna Lucena comprou uma casa em Lisboa. anda em arranjos de mobilia?... V. Ex. aouviu, Snr. aD. Graça?

Não, Gracinha não sabia. Mas era natural, agora que tanto se demorava em Lisboa, pouco se aproveitava da Feitosa, tão linda quinta...

— Então casa! exclamou o Gouveia, com immensa convicção. Se anda em arranjos de mobilia, então casa. É natural, quer posição. Depois, já lá vão quatro annos de viuvez, e...

Gracinha sorriu. Mas o Titó, que coçava lentamente a barba, voltou á carta da prima Maria Mendonça, contando a chegada.

— Sim! acudiu Gracinha, conta, esteve na Estação, no Rocio. Parece que o Gonçalo optimo, mais