verdadeira.
Nestas suas traças não errou o tino dos políticos brasileiros. Muitas almas se abroquelaram à sua inteireza, e não caíram. O jornalismo não perdeu todos os presídios da sua honra. Mas ainda aqui se viu que é sempre sem número o número dos tratantes, que a ralé dos traficantes não tem conta. Ao derredor do poder formigueja a multidão venal, e os governos, se algum embaraço topam, é em dar vazão ao número de mascates da palavra escrita.
Por mais que o público os conheça, estes vacilam, aqueles desnorteiam, aqueloutros já suspeitam, ou chegam a crer, e, quando não pegam as bichas no país, vão pegar no estrangeiro, onde as agências amesendadas ao banquete do orçamento roboram com a venalidade telegráfica a venalidade jornalística, irmanadas e amatalotadas na obra torpe de embair a nação e o mundo.
Toda essa triste súcia, podre dos quatro costados, não distingue entre Deus e o demo. Mas tem a religião do embornal, guarda a fé na manjedoura, ou no cocho, e adora o milho. O milho é o ídolo dos afocinhadores da mentira.
Outrora se amilhavam asnos, porcos e galinhas. Hoje em dia há galinheiros, pocilgas e estrebarias oficiais, onde se amilham escritores.
Mas, de cúmulo em cúmulo, a mais ainda, é que, no próprio seio do jornalismo, se lança de uns a outros o labéu de “amilhado”, e, entre os seus membros, nas reconvenções e retaliações e recriminações ordinárias, se conjuga em todos os tempos, modos, números, ou pessoas, o verbo amilhar.
Eis o que eu digo, o que eu dis