der iludem a nação, de que são mandatários, dilapidam o patrimônio coletivo, de que são guardas, e lhe infestam a política de uma casta de parasitas (a mais maligna dos conhecidos no mundo moral) tão vis quanto virulentos e insaciáveis.
Como a política julga a imprensa
Mas naquele discorrer, de um homem aliás considerável pelo talento, pela cultura, pela situação, pela estima dos seus pares, o que sobressai, não é só a imagem, espelhada nas suas palavras, das avarias, com que a corrupção do regímen tem deteriorado o senso moral dos nossos estadistas, senão também o juízo, que eles, em público e raso, articulam acerca da nossa publicidade, retratando-a com os hábitos de mercadora das próprias opiniões, às quais se dá o rumo, se “modera ou atenua” o registo a peso de ouro.
Eis, senhores, como a política, pelas suas figuras mais gradas, julga a imprensa.
Mas a imprensa, de que tais fealdades ajuíza a política, não se sentiu da pintura, não a tachou de injusta. Nem lhe atirou ao autor as pedras, com que, por menos, me tem obsequiado.
Ruminemos, pois, o caso, tal qual o conta o ex-ministro da Fazenda.
Queriam elevar em grande escala os impostos municipais. Mas o sentimento público se agastava, mais teso que de costume, contra a medida, e certos jornais, ainda não apalpados com os carinhos da prodigalidade adm