explorações mercantis, de estabelecimentos industriais no Brasil, esses detentores de papéis de crédito da União, dos nossos Estados ou dos nossos municípios, em vez de recomendarem as suas mercadorias, animando a procura dos valores com os quais comerciam, tão sem acordo e tino andam, que vão ser os primeiros a desapreçá-los no mercado, a lhes afugentar os compradores, a combalir a segurança dos seus próprios cometimentos, as condições de sua prosperidade, a indispor-se com o governo de cuja autoridade e com o povo de cujo concurso tanto dependem?
Já se vê que não. Se contra o que claramente lhes seria de toda prudência, a tais liberdades se abalançam, é que no próprio campo dos seus legítimos interesses palparam uma realidade indissimulável, e deixam as cautelas de parte, levados além de tudo o que poderiam tolerar calados, por se tratar de casos, nos quais, ainda quando não pudessem cumprir o dever de lealdade para com os seus constituintes, menos que correndo todos os riscos, mais valeria corrê-los, do que faltar à fé, e cair da honra, colaborando num silêncio de cumplicidade.
Se das severidades em que, destarte, incorre o governo, alguma parte resvala até o povo, é que o siso de todos os observadores sensatos, de todos o espectadores desinteressados e inteligentes, de todos os bons juizes deparáveis entre criaturas pensantes se recusa a conceber que no seio de uma nação moralizada se sucedam sem resistência e transmitam pacificamente o poder umas às outras administrações empapadas em desonestidade, sem que à conveniência pública