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XVI
PREFACIO.

m’as perdoem os meus serios e fieis leitores do Mulato, da Casa de Pensão, do Coruja, do Homem e do Cortiço. Mas, que diabo! era preciso lutar com alguem, e, na falta de outro, armei-me eu proprio em meu adversario.

Eis os topicos do artigo:

« Sei que essa obra será julgada talvez um pouco severamente por aquelles que suppoem banidos do gosto publico o sentimento e a verdadeira poesia. Ah! mas eu bem pouco me incommodo com taes censores, e irei sempre caminhando para diante, máo grado os emperrados naturalistas, que pretendem annullar a unica e sincera commoção que existe no mundo artistico, a commoção romantica.

Não preciso citar nomes, nem pretendo fazel-o; declaro, porém, que sempre me acharão prompto para defender em qualquer terreno a minha bandeira de escola e as minhas convicções litterarias.

O naturalismo, clamem quanto quizer, não nos convém, nem nunca nos convirá.

A verdade núa e crua nunca será tão bella como vestida pela inspirada mão do artista.