A Gazeta aceitou a minha condição e, sem perda de tempo annunciou A Mortalha de Alzira.
O romance, como ella esperava, produzio bom effeito sobre os seus ardentes leitores do roda-pé, foi lido com avidez; por outro lado, os meus bons inimigos e os meus máos amigos imaginaram que eu tinha afinal encontrado pela frente um formidavel adversario, que me levava de vencida, pondo em debandada, com os seus golpes de imaginação, a mim e a toda a minha quitanda naturalista.
E eu estava a ponto de fazer como o hespanhol da anecdota: estive quasi a ter medo de mim mesmo; quero dizer de Victor Leal.
A mystificação seria completa se Valentim Magalhães não me denunciasse como author da Mortalha de Alzira num seu artigo litterario publicado no Paiz.
Para que o leitor faça idea perfeita dessa comedia, cujo theatro foi a espirittuosa Gazeta de Noticias, passo a transcrever diversos trechos do artigo de introdução com que annunciei para o dia seguinte o primeiro folhetim do romance. Está cheio de blasphemias litterarias. Que