— A condessa? Qual! Duvido! A senhora não é mulher! Não tem coração!. . .
— Então que sou eu?. . .
— E um lindo cofre de marfim rosado, com o competente orifício para receber o ouro dos papalvos.
— E era para dizer-me semelhante galanteria, que o poeta há tanto tempo fazia empenho de vir à minha casa?
— Não! Era na esperança de ser correspondido no meu amor. . .
— O cavalheiro às vezes não me parece um homem de espírito...
— Em questões de amor todos os homens são igualmente estúpidos!...
— Mas, valha-me Deus, Bouflers! por que razão havia eu de amá-lo?.. . O senhor é um bonito rapaz, não há dúvida; está na flor da idade, não lhe falta talento, mas. . . é só isso!. . .
— E acha pouco?. . . moço graças mocidadebNão dois oonito e com talento. Tenho os encantos das três graças— mocidade, amor e beleza, e ainda me sobra um!
— Não— dois— o talento e a vaidade.
— Ou isso!
— Mas falta-lhe o principal. . .
— O que não falta ao marquês. . . dinheiro?. . .
— Qual! O dinheiro não se conta. . .
— Não se conta?. . .
— Gasta-se!
— Então que me falta? Juízo, talvez. ..