Saltar para o conteúdo

Página:A mortalha de Alzira (1924).djvu/121

Wikisource, a biblioteca livre

— Que queres de mim, basbaque?. . .

— Castigar-te, miserável, como se castiga um perro!

— Ah! Ah! Chegou-te afinal a indignação?. .. Ainda bem! (E desembainhou a espada). Vá lá! Antes tarde do que nunca!. . . Já fizeste a tua oração, bruto?. . . Não te quero despachar para a eternidade com a alma suja! Vamos! Dei-te tempo de sobra!

— A rua é escura e deserta!... considerou o marquês. Não precisamos ir mais longe. Aqui defronte da porta de Alzira, temos a claridade suficiente. . .

Aproximaram-se da porta, procurando colocar-se no foco da luz que vinha do corredor.

— Vê lá onde queres que te fira, fanfarrão! exclamou Bonflers pondo-se em guarda.

Artur Bouvier, o conde de Saint-Malô e o Dr. Cobalt tinham descido a escada do palácio.

As damas o seguiram.

— Marquês, disse o conde, tem em mim uma testemunha.

— E eu por ti, Bouflers! exclamou Artur.

— E o médico, pronto! acrescentou Cobalt.

— Não é preciso!... faceciou Bouflers. De qualquer modo se mata o cão! . . .

— Defende-te, poeta libertino! bramiu o marquês; porque a minha intenção é matar-te!