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Página:A mortalha de Alzira (1924).djvu/122

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O outro retrucou, aparando-lhe destramente os golpes:

— Antes guardasses tanto empenho para defender tua mulher, alma de Menelau!

E gritou, caindo-lhe em cheio:— Toma!

Florans desviou o tiro e fez-lhe pontaria de fundo. — Toma tu lá este. em paga da tua insolência, bandido!

Mas Bouflers soltou uma risada, e, depois de um salto para trás, desferiu-lhe um bote certeiro, que lhe atravessou o peito.

— Ai! gemeu o marquês

E caiu estatelado no chão.

— Já?... perguntou o poeta, inclinando-se. É

pena! Principiava a tomar interesse pela brincadeira!

E tirou do bolso o seu lenço de rendas, para limpar a lamina da espada que escorria sangue.

Alzira acudira com um grito e lançara-se de joelhos ao lado do amante, beijando-lhe a fronte.

— Meu bom amigo, dizia entre soluços; perdoe-me! perdoe-me! Oh! Quanto sou desgraçada!

Bouvier, o conde e o médico aproximaram-se também e cercaram o ferido.

— Ai! Eu morro! gorgolejou o marquês, aflito virando a cabeça de uma banda para outra.

— Agradece-o a esse demônio que aí tens