os dentes cerrados pela cólera, e o combate começou feroz.
Abriu-se um instante de silencio, em que o retintim metálico das duas espadas era o único que se ouvia.
Os contendores arfavam, desesperado cada qual pela destreza e galhardia do seu adversário.
— Agora! bramiu Ângelo, caindo a fundo contra o inimigo.
E atravessou-o de lado a lado.
— Oh! gritaram todos, correndo para o lagar do duelo.
E cercaram Ângelo numa trincheira de espadas nuas.
— O meu punhal! berrou o perseguido, desembainhando a terrível arma, que lhe dera o Demônio do Ouro. Assim o querem?... Assim seja!
E abriu aos pulos para todos os lados, cravando unia punhalada a cada salto.
Um a um, iam caindo todos em volta dele, expirando cada qual entre gritos de agonia e uivos de cólera sequiosos de vingança.
Do meio para o fim desta singular hecatombe, os que não tinham recebido o golpe fatal, fugiram, lançando-se do cais às águas da baía. As mulheres rolavam pelo chão, estrebuchando espavoridas, ou jaziam sem sentidos, pálidas e estateladas como cadáveres.