Ozéas muniu-se de uma lanterna furta-luz e fez-se acompanhar por Ângelo, que levava o alvião e a enxada.
Saíram.
A noite era bonita e frouxamente iluminada por um luar de abril. A aldeia dormia já, e apenas algumas árvores rumorejavam, sonhando talvez, ainda tontas da quente carícia do último sol que as sufocara com os seus beijos de fogo.
Cães ladravam, de pescoço estendido, provocando o céu. As estrelas bruxuleavam tristemente no azul da abóbada misteriosa. Não se ouvia o pio de uma ave noturna.
E os dois religiosos lá se iam pela estrada, silenciosamente, projetando longas sombras na areia dos caminhos.
Pareciam dois espectros filhos da mesma noite.
Andaram durante algumas horas. Atravessaram a aldeia, sem dizer palavra. E afinal