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Página:A pata da Gazela.djvu/140

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— Oh! papai!

— Bem, bem, não tenho ciúmes! Vai consolar tua mãe, que eu vou responder ao homem mais feliz deste Rio de Janeiro.

O negociante voltou ao gabinete, e Amélia dirigiu-se ao interior. Sua mãe estava no quarto, com os olhos ainda úmidos de lágrimas. Quem não conhece essas lágrimas abençoadas, que a mãe derrama pelos filhos, e que são bálsamos para as aflições e orvalhos para as flores da ventura?

D. Leonor beijou a filha e estreitou-a ao seio como receosa de que lha arrancassem dos braços. Seu coração ora alegrava-se com a felicidade próxima da moça, ora se entristecia com a lembrança da separação.

De repente Amélia sobressaltou-se com uma idéia que lhe acudiu; e deixando a mãe, correu ao gabinete do negociante. Achou-o sentado à escrivaninha, passando por cima da carta que terminara, um rolete de mata-borrão.

O pai sorriu vendo entrar a filha.

— Curiosa!

— Já acabou? disse a moça recostando-se com gentileza à poltrona.